O QUE OS 25 ME ENSINARAM

Sim, hoje sou bebé. Parece que foi ontem que estava com dezoito anos, a desejar os vinte e cinco. É engraçado como encaramos os vinte como uma idade tão séria - pelo menos, eu toda a vida o fiz. Achava que aos vinte e poucos estaria com a minha vida toda definida e provavelmente não acreditaria se me dissessem que só agora estou a descobrir a pessoa que quero ser.

Este ano foi provavelmente o ano mais difícil e estimulante da minha vida. Aprendi que não é preciso ter aversão à mudança, que ela pode ser uma coisa maravilhosa. Que não podemos forçar o ciclo natural da vida; as oportunidades vão aparecendo naturalmente e a escolha é sempre tão simples quanto agarrá-las ou dispensá-las. Não vale a pena complicar. Aliás, na maioria das vezes, as coisas são realmente mais simples do que parecem e ser feliz é fácil. Aprendi a ser grata, a ver a felicidades nas pequenas coisas e a entender que a maior dádiva diária é a primeira respiração da manhã. Aprendi que não consigo viver sem mar; que ele me traz paz, serenidade e conforto. Que me lembra de casa. 

Aprendi a amar. Muito; mais do que sabia. Aprendi o que era sentir saudades 'à séria', não só das pessoas que me são importantes, como de locais, aromas e momentos. Aprendi que a relação com a minha família é muito mais forte do que pensava e que, dificilmente vou cortar o cordão umbilical algum dia. Se não foram mil e seiscentos quilómetros que o fizeram, não me parece que mais nada o faça. Aprendi que a palavra amigo não é para toda a gente, mas que isso não significa que seja difícil conhecer pessoas. Aprendi que há ligações que não foram feitas para ser quebradas, nem pela distância, nem pelo tempo, nem pelos erros; caminhos separados não significa que exista falta de amor. Aprendi que sou a única que tem de viver com as minhas decisões, e que as opiniões de terceiros são para ser respeitadas, mas não levadas a peito. E não faz mal dizer que não. Não faz mal dizer o que penso. Não faz mal ter uma opinião diferente. Não faz mal ser eu mesma. 

Aprendi que não faz mal chegar aos vinte e cinco e ainda estar a tentar descobrir o que quero fazer. Na verdade, a experiência ajuda a decidir - a perceber essencialmente o que não quero fazer, por exemplo. Aprendi que não faz mal enganar-me no caminho, faz parte até, especialmente porque o caminho que definimos não necessariamente o que vamos seguir. Aprendi o significado de novas palavras na primeira pessoa, boas e más. Aprendi a desfrutar da minha própria companhia, a gostar do silêncio que dantes tanto me incomodava por às vezes estar tanto barulho na minha cabeça. Ah, e que vai estar sempre lá alguém para me dar a mão. Felizmente, não estou sozinha. Não é por estar longe que o meu coração não está sempre cheio, bem até acima, como se já não coubesse lá mais nada. Aprendi que esta sensação é a melhor do mundo. 

Que este ano seja ainda mais recheado de amor que o anterior. Dia feliz para vocês ♥   

It's my birthday today and the post it's a little bit more personal. Feel free to translate it if you like!